sábado, 20 de fevereiro de 2010

OCUPAÇÃO HUMANA NO ALENTEJO

Séc. VI – na Região do Alentejo era povoada pelo Reino dos Visigodos (era uma Região já evangelizada).

Esta Região do Alentejo foi ocupada pelas invasões bárbaras no séc. V (na zona do Mediterrâneo europeu)

O Império Romano tinha estabelecido como limite norte dos seus territórios, os rios Reno e Danúbio, para além deles viviam os povos a que os Romanos chamavam Bárbaros ou Germanos.

Nos finais do séc. V no Alentejo encontrava-se o Reino dos Visigodos.

O Alentejop esteve sobre dominio do Império Romano no séc. I até ao séc. IV, no Reino da Lusitânia.

No inicio do séc. V os bárbaros – Vizigodos (povos do norte da Europa) – ocuparam o Alentejo até ao séc. VII (711), onde foi ocupado pela expanção dos muçulmanos, emirato de Córdoba.

Em 1147 (séc. XII) e em 1211, pelo Rei D. Afonso II, deu-se a reconquista cristã da Região Alentejo.

No ano 476 deu-se a queda de Roma (queda do Império Romano)
No ano 711 os muçulmanos invadem a Península Ibérica

Fonte bibliográfica:
BARREIRA, Aníbal; MOREIRA, Mendes., 1985. História Activa – desde a pré-história até fins da Idade Média, 7º ano de escolaridade, Edições Asa, Porto.

Anta (em Pavia)

Templo de Diana em Évora

AGRICULTURA E SEDENTARIZAÇÃO

A sedentarização e o aumento populacional originou a formação de aldeamentos, situados em regiões montanhosas e, mais tarde, em planícies aluviais. Então as pequenas sociedades neoliticas passam por lentas alterações que conduzem à constituição de grupos humanos de desigual importância e riqueza.

Diversos monumentos (como dólmenes ou antas) e vestigios de cultos funerários, revelam que o homem do Neolítico acreditava na vida de além-túmulo.

A utilização generalizada dos metais foi decisiva para a evolução da humanidade: acentuou a especialização dos ofícios, impulsionou o comércio, contribuiu para estreitar as relações entre os povos e abriu caminho à Revolução Urbana.

A vida do homem do Paleolítico dependia, da caça, da pesca e da apanha de frutos, de raizes, insectos e moluscos. Por isso, sendo caçador-recolector, era obrigado a deslocar-se para assegurar a sua subrevivência. Contudo esse modo de vida modificou-se.

Cerca de 9.000 a.C. em resultado de grandes alterações climáticas (desgelo de glaciares e aumento da temperatura), as comunidades estabelecidas em regiões com condições naturais favoráveis começaram a ter uma vida diferente. Dedicam-se cada vez mais à apanha de espécies vegetais que crescem espontâneamente e à captura de pequenos animais.

Com o decorrer do tempo, essas comunidades verificam que lançando as sementes à terra e cuidando das árvores, obtém melhores alimentos, passando a desbravar as terras para o cultivo de cereais. Os caçadores, em vez de abaterem os animais (carneiros, cabras e porcos) domesticam-nos e obtém deles o leite, a carne, as peles e as lãs. Assim nasceu a agricultura e a pecuária.

Quando o homem começa a cultivar a terra e a criar animais, encontramo-nos numa nova etapa da história – no Neolítico.

O neolítico originou-se na América Central e no Próximo Oriente, o neolítico atingiu o actual território português, pensa-se que através dos rios do sul do país, trazido por grupos originários do Mediterrâneo Oriental. As principais jazidas do neolítico em Portugal, situam-se na Extremadura, podendo comprovar-se que já no 4º milénio a.C. as populações aí se dedicavam à agricultura e pecuária.

Com o novo género de vida – a prática da agricultura e a criação de gado – o abandono da caça e pesca como actividades fundamentais, implicaram o uso de técnicas e de instrumentos diferentes. Neste período vulgarizou-se o uso de instrumentos de pedra polida (técnica iniciada no Epipaleolítico), como a enxada, o machado, os buris, facas, enxós e almofarizes. Estes instrumentos representam um grande progresso, pois penetram mais no solo, resistem melhor aos choques e moem mais facilmente os cereais.

Para revolver melhor o solo, o homem inventa em meados do 4º milénio a.C. o arado de madeira munido de uma ponta de sílex.

A utilização da roda de oleiro e de fornos fechados, nos inicios do 4º milénio a.C., melhorou a qualidade de produção. A cozedura dos vasos cerâmicos preparou o caminho para a criação da metalurgia, em virtude de o homem aprender a dominar o fogo.

O homem passou a usar roupa diferente (das peles de animais), o linho, o cânhamo e a lã passaram a ser utilizadas na confeção de vestuário, a fiação, os teares, o tingir os tecidos com sucos de plantas e óleos de animais. O homem do Neolítico aprendeu também a cozer pão, a fazer vinho e azeite, a construir silos para guardar os cereais e a confecionar cestos (cestaria).

Com o progresso técnico, permitem acumular excedentes, surgindo especialistas, os tecelões e os oleiros cada vez mais desligados dos campos. As aldeias neoliticas passam a trocar os excedentes, intensificando-se este movimento de negócio, com a domesticação do cavalo e a invenção da roda e da vela (em meados do 4º milénio a. C.) tornando possível deslocações mais rápidas e frequentes.

A necessidade de o homem permanecer perto dos seus recursos alimentares (dos campos cultivados e dos animais domésticos), obrigou-o a fixar-se num dado lugar. Em resultado da sedentarização surgem as aldeias. As aldeias erguem-se em terra firme, onde era grande a fertilidade do solo e a água abundava.

As primeiras comunidades agro-pastoris eram constituidas por famílias descendentes do mesmo antepassado. O conjunto dessas familias constituia um clã. Os bens com excepção dos adornos pessoais, de alguns objectos móveis e das casas, eram pertença da colectividade. As tarefas essenciais eram divididas entre todos os membros. Normalmente a caça e a criação de gado eram ocupação dos homens, enquanto as mulheres tratavam da agricultura, da olaria, da tecelagem e dos trabalhos caseiros. Todos eram livres e iguais. Assim nestas comunidades agro-pastoris, a mulher ocupava um lugar de destaque. Tal como os homens participavam nas reuniões do conselho do clã, discutindo os seus problemas e elegendo ou destituindo o seu chefe. Nesta sociedade os laços de parentesco estabeleciam-se pelo lado materno. Por isso, dáse-lhe o nome de matriarcal ou matriarcado.

Com o crescente desenvolvimento da agro-pecuária e dos progressos técnicos, a riqueza aumenta e a população cresce. Daí a formação de grupos maiores, as tribos, de características bem diferentes das do clã: a propriedade alarga-se a todos os bens excepto a terra; surgem desigualdades económicas e sociais entre os membros da tribo; os proprietários mais ricos elegem o chefe da tribo; cujo poder é controlado pelo conselho de anciãos; a mulher passa a ter um papel secundário, limitando-se praticamente aos trabalhos caseiros. Estas mudanças na sociedade neolitica são marcante da fase do patriarcado, em que o homem assume o lugar mais importante.

O homem do Neolítico à semelhança dos seus antepassados do Paleolítico, adorava deusas-mães e animais.

O culto dos mortos e os megálitos – o homem do Neolítico deixou-nos vestigios de outras manifestações artisticas. Construindo grandes monumentos de pedra (a que damos o nome de megálitos: mega – grande; litos – pedra), como os menhires, os alinhamentos, os cromeleques e os dólmenes.

A finalidade dos monumentos megálitos é bastante discutida, pois alguns historiadores afirmam que os menhires, alinhamentos e cromeleques, associavam o culto dos astros à agricultura e à fecundidade, pensam também que os menhires representam divindades e que os cromeleques serviam para reuniões das tribos e rituais religiosos. Do que ninguém duvida é do significado religioso de todos estes monumentos e do carácter funerário dos dólmenes. Nestes, juntamente com os mortos, encontram-se jóias, vasos, armas e restos de alimentos. Daí se poder afirmar que o homem do Neolítico acreditava na vida além-túmulo.

A edificação de construções tão grandiosas, demonstra o conhecimento de uma técnica evoluida de transporte, elevação e fixação no solo de grandes blocos de pedra. Em Portugal são numerosos os dólmenes ou antas e os menhires. Remontam ao 4º milénio a.C. e situam-se um pouco por toda a parte, com particular incidência no Alto Alentejo, Minho e Trás-os-Montes. (p. 62)

O naturismo e o racionalismo na arte, o culto às divindades, Acrópoles e construções de Templos (séc. V a. C.)

Os utensilios de pedra, de ossos, utilizados como ferramentas, datam de 35.000 a 10.000 anos a.C.; os vasos de cerâmica – 6.000 anos a.C.; o templo grego – séc. V a.C.

Fabrico de Instrumentos

Raspadores dos paleantropos e no Paleolitico inferior.

Pinturas ruprestes (gruta do escoural – Montemor-o-Novo), realizadas pelo homem do Paleolitico Superior, prova de capacidade intelectual do homem-sapiens-sapiens, mas as preocupações estéticas remontam pelo menos aos neanderthalenses, ou antes.

O homo sapiens sapiens foi pintor e escultor, subretudo nas paredes das cavernas. A esta arte de pintura nas cavernas dá-se o nome de arte parietal, ou arte rupestre.

Habitações

Habitavam em tendas no Paleolitico Superior

Hábitos de Alimentação

Os australantropos (anteriores aos arcantropos) – alimentavam-se de pequena caça

Os arcantropos – hábitos de caça grossa (caça em grupo)

Homo sapiens sapiens – utiliza-va armadilhas de caça

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HUMANIDADE

Os arcantropos ou arcantropianos, variavam na sua estatura de 1,55m a 1,65m de altura, as maxilas puxadas à frente apagavam-se sem deixar queixo, a sua capacidade craniana ia de 900 a 1100cm3, o que correspone a 2/3 da do homem actual. Viveram na Região Alentejo hà 600.000 a 100.000 anos a.C. Correspondia ao período do Paleolitico Inferior.

Os paleantropos ou paleantropianos, viveram hà 100.000 a 35.000 anos a.C., correspondia ao Paleolitico Médio, na sua extrutura fisica eram ataracados com membros curtos e fortes, peito arredondado e rubusto, o volume do cérebro era de 1600cm3 ou superior, merece destaque a espécie neanderthalense entre os paleantropos. Viveram no Alentejo.

Os neantropos os neantropianos (homo sapiens sapiens), viveram hà 35.000 a 8.000 anos a.C., representantes do Paleolitico Superior, alguns autores consideram-nos descendentes dos neanderthalenses, possuiam traços semelhantes aos do homem actual, o mesmo volume cerebral (volume médio de 1450cm3).